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Então é Natal...

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   A Internet está farta da velha discussão se o Natal é ou não uma festa pagã. Não vou falar disso. Já adianto a minha posição: Sou a favor da celebração do Natal. Não sou o único. O   Manual Presbiteriano  traz: " A comemoração das festividades religiosas não deve ser esquecida. Corremos o risco de passar a nossas ovelhas uma imagem “espiritualizada” dos eventos históricos do cristianismo. Podemos datar alguns deles com grande precisão e podemos ver a Igreja Cristã comemorando alguns destes eventos desde o período apostólico. Devemos relembrar que o cristianismo está assentado em bases históricas. Tão históricas que possuem data de aniversário. Festas como Natal, Páscoa, Ascensão e Pentecostes foram sempre comemoradas pela cristandade (embora não saibamos com certeza a verdadeira data do Natal, podemos calcular, entretanto, as datas da Páscoa, da Ascensão e do Pentecostes. É lamentável a Igreja lembrar-se de efemérides comuns e esquecer-se de datas tão importantes para nossa fé

ATEÍSMO PRÁTICO

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  Johann Arndt (1555-1621) foi um pastor luterano que influenciou o movimento de renovação na Igreja Luterana chamado Pietismo . Ele escreveu sobre o ateísmo prático  na Igreja.  O ateísmo prático consiste em confessar Cristo apenas com a boca, não com o coração e, frequentemente negá-lo com atos. É ser ortodoxo na mente e apóstata no coração. É saber e não viver. William Ames, autor puritano, dizia que Teologia é a doutrina do viver para Deus. Semelhantemente, Arndt dizia que Teologia não é mera ciência, mas também experimentação e exercícios vivos.    Quando há apenas consentimento intelectual a fé se torna moral. O coração fica frio mesmo com toda a doutrina correta. Esse viver é um  ateísmo prático . Li algo interessante a esse respeito no livro A Bíblia que Jesus lia de Phillip Yancey. Em certo momento, Yancey escreve:  "Lembro-me de uma mensagem que ouvi num culto do Wheaton College na década de 1970, quando o movimento “Morte de Deus” tinha chegado ao ápice. O professor Rob
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Domingo, 9 de abril de 2023 Texto:   2Cr 30:1-20 INTRODUÇÃO: UMA CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Páscoa: Uma das três principais festas do povo de Israel no A.T.   (Dt 16:16). Marca a lembrança da intervenção de Deus em favor do seu povo na saída do Egito após o 10° sinal (Ex 12). A páscoa marca o início do ano para os israelitas. Os momentos significativos de Israel estão sempre relacionados à pascoa: ·          Saída da escravidão – Ex 12 ·          Entrada na Terra Prometida – Js 5:10,11 ·          Reconstrução da Nação – Ed 6:19-22 ·          Restauração e avivamento – 2Cr 30 ·          Pedro foi milagrosamente liberto da prisão numa pascoa – At 12 Páscoa era inicialmente uma festa familiar onde a casa se torna um santuário e a mesa um altar de sacrifício. Para nós, lembra-nos nossa unidade enquanto família de Deus e santuário dedicado ao Senhor (Ef 2:19-22; 1Pe 2:5-10). Celebrar a páscoa é um ato de fé (Hb 11:28). Ao lermos o relato da Ceia, percebemos que não havia c

Crer é descansar como um bebê indefeso descansa nos braços da mãe!

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  Abrão creu no SENHOR, e assim foi declarado justo. — Gênesis 15:6 O termo crer (אָמַן ’āman) tem o significado primário de prover estabilidade, confiança e alimento como a estabilidade, alimentação e segurança que um bebê encontra nos braços de sua mãe (Cf. Números 11:12; Isaías 60:4). Como um bebê que recebe toda informação de sua mãe bem como toda alimentação e proteção, somos chamados a receber essas coisas do Senhor, nosso Deus, através de sua Palavra. Somos, à semelhança de Abrão, chamados à crer no Senhor. Isso significa abrir mão de crer em qualquer outra coisa. Não cremos mais no que os sentimentos nos dizem, não cremos mais nos acidentes econômicos e tampouco nas sugestões diabólicas. Não cremos sequer em nossa capacidade de alcançar alguma coisa ou ser alguém. Cremos no Senhor. No que ele diz, em quem ele é e no que ele faz.  Cremos que o Senhor é o Deus eterno como      Abraão cria e invocava-o (Gênesis 21:33). O Deus eterno é aquele que nos sustenta em tudo (Deuteronômio

Reflexões sobre o Brasil: A raiz do problema é antigo.

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 "Millôr Fernandes tem uma frase que resume bem o quadro do Brasil atual; ele diz: 'O Brasil tem um grande passado pela frente'. (...) O Brasil, portanto, antes de ser uma nação, foi um conglomerado de feitorias, de empresas, muitas delas ligadas à poderosas joint ventures europeias. O parco governo que se teve por aqui tomava decisões inteiramente ao sabor das vontades e necessidades desses arrendatários. Durante 400 anos permanecemos assim, e esse início justifica o nosso fim: elites econômicas determinando nosso projeto de nação. Desse modo, segundo Raymundo Faoro, pode-se dizer que, da chegada de Cabral até Dilma Roussef, uma estrutura político-social resistiu a todas as transformações fundamentais: 'A comunidade política conduz, comanda, supervisiona negócios, como negócios privados seus, na origem, como negócios públicos, depois [...] Dessa realidade se projeta a forma de poder, institucionalizada num tipo de domínio: o patrimonialismo'. Esse imperativo cate

Lucas 13:6-8: A parábola da figueira inútil

6 Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. 7 Então disse ao homem que cuidava da vinha: “Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não encontro nada. Portanto, corte-a! Por que ela ainda está ocupando inutilmente a terra?”   8 Mas o homem que cuidava da vinha respondeu: “Senhor, deixe-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e ponha estrume.   9 Se vier a dar fruto, muito bem. Se não der fruto, o senhor poderá cortá-la .  Lucas 13:6-8, NAA Por muito tempo essa parábola me intrigou. Parábola é a comparação. É descrever o Reino de Deus usando figuras e linguagens humanas.Esse texto me intriga primeiro porque o homem tem uma figueira numa vinha. Vinha é uma plantação de uvas para a produção de vinho, entre outras coisas. Segundo, porque em três anos ela não produziu fruto nenhum. Sendo parábola, esse fruto remete à quê? Porque ele é comparativo, né? Sendo parábola... Quando olhei para outras ocorrência

O MUNDO ESPIRITUAL: POR MARCOS JÚNIOR

  Todos nós que somos cristãos cremos no mundo invisível; nós simplesmente o esquecemos. Somos consumidos por nosso mundo de argumentações, relacionamentos, empregos e escola – e mesmo o mundo ‘religioso’ da igreja e reuniões de oração. Talvez, se Jesus estivesse em carne em nosso meio murmurando frases como ‘eu vi Satanás cair’ sempre que Deus nos usasse, nós nos lembraríamos melhor. (Philip Yancey, “ Desventuras da vida cristã ”, p. 19) A vida natural em cada um de nós é algo autocentrado, algo que deseja ser paparicado e admirado para tirar proveito de outras vidas e explorar o universo todo. E, especialmente, algo que deseja ser deixado por conta própria. Tem medo da luz e do ar do mundo espiritual, pois nossa vida natural sabe que, se a vida espiritual encontra-la, todo o egocentrismo e a vontade própria serão mortos, e por isso vamos lutar com unhas e dentes para evitar que isso aconteça. (C. S. Lewis, “ Cristianismo Puro e Simples ”, p. 233) Os olhos cegos dos cristãos m