SOBERANIA DE DEUS

SOBERANIA DE DEUS

Teus, ó SENHOR, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó SENHOR, é o reino; tu estás acima de tudo. A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos. (1 Crônicas 29:11,12 NVI)

Introdução: A soberania de Deus é um tema bíblico e como tal é desenvolvido do início ao fim das Escrituras, porém, ao mesmo tempo, é também uma verdade muitas vezes esquecida pelos filhos e filhas de Deus. Quando não é esquecida é deturpada caindo no extremo do fatalismo ou humanismo. Fatalismo quando ressaltamos demasiadamente a soberania divina e humanismo quando ressaltamos demasiadamente a responsabilidade humana.

As Escrituras nos oferecem um equilíbrio entre esses extremos. Ela enfatiza tanto a soberania divina quanto a responsabilidade humana e hoje pretendemos abordar algumas coisas a respeito da Soberania Divina:

I.             Deus Trino é o Único Soberano reconhecido pela Bíblia

O apóstolo Paulo ao escrever a Timóteo disse que Deus é o único soberano. Isso se reveste de importância vital nos nossos dias, pois é corrente que há uma luta penosa entre Deus e o diabo pelas almas, quando na verdade, as escrituras dizem que até o agir do diabo é limitado pela mão onipotente de Deus, o valente está manietado.


Reveste-se de importância vital ainda em vista do relativismo, onde tudo depende da sorte e do acaso. Contudo, isso não é o ensinamento Bíblico. As Escrituras ensinam que tanto a direção que uma flecha toma quanto a morte de um pássaro estão debaixo do controle absoluto de Deus.   

Em última instância até mesmo os atos dos homens estão cativos à soberania divina. As Escrituras declaram que o julgamento de Jesus e sua execução foram responsabilidade dos seus executores, mas foi uma ação totalmente deliberada pela Soberania Divina. A insanidade de Nabucodonosor é outro exemplo de tal soberania sobre as ações humanos, aquele gigante ficou sete anos comendo relva até reconhecer que Deus é quem domina sobre o reino dos homens. O fato de a soberania de Deus estar intimamente relacionada com nossas ações, não anula de nenhuma forma nossa responsabilidade pessoal, pelo simples fato de que Deus estabeleceu assim.

II.           O comportamento apropriado diante da Soberania Divina

Primeiro, já que Deus é soberano, devemos temê-Lo. Temer a Deus significa lembrar quão grande, santo e poderoso é Deus. Significa também lembrar quão pequenos, pecaminosos e fracos somos nós. Significa fazer a Sua vontade e crer tudo o que Ele nos diz em Sua Palavra.

Segundo, como Deus é soberano devemos aceitar com gosto tudo o que nos acontece. Podemos queixar-nos quando não temos o que desejamos, o podemos sentir que merecemos alguma bênção em particular.

 Talvez sintamos que merecemos o êxito ou a felicidade. Mas se somos crentes verdadeiros, sabemos que Deus não nos dá o castigo que os nossos pecados merecem. Os crentes verdadeiros percebem que, em vez de punir-nos, Deus tem sido muito bondoso para conosco em todos os aspectos, quando merecíamos o contrário. E se realmente acreditamos que Deus é soberano em tudo, então devemos reconhecer que Ele tem o direito de fazer o que Lhe apraz com o que é dEle, inclusive conosco. Portanto, se Deus faz com que nos aconteçam coisas de que não gostamos, devemos aceitá-las sabendo que provêm de sua mão, e que Ele procura somente o nosso bem

Finalmente, já que Deus é soberano, devemos adorá-Lo. Ele usa seu poder sabiamente e para benefício de seu povo. Devido a que Deus é completamente sábio, não pode cometer nenhum erro; porque Ele é santo, também não fará mal nenhum. Se não conhecêssemos mais sobre Deus, exceto que a Sua vontade é soberana, então somente teríamos medo dEle. Porém, podemos regozijar-nos porque sabemos que a poderosa e imutável vontade de Deus é também inteiramente boa.  O propósito divino de controlar tudo é mostrar a Sua própria santidade, bondade e verdade

III.         A abrangência da Soberania Divina

Deus é soberano no uso do seu poder. Usou seu poder contra os imperadores arrogantes como Faraó, contra gigantes como Golias

Deus é soberano no uso da sua misericórdia. A misericórdia não é um direito ao qual o homem faz jus. Misericórdia é o atributo de Deus, pelo qual Ele tem dó e compaixão dos miseráveis e os alivia. Mas, sob a justiça de Deus, ninguém é miserável que não mereça estar nessa situação. O objeto da misericórdia, portanto, são os miseráveis, e a miséria é o resultado do pecado. Então os miseráveis merecem o castigo, não a misericórdia. Falar sobre misericórdia merecida é uma contradição!

Deus é soberano no uso de sua graça. Deus reteve sua graça salvadora de Esaú e a deu a Jacó; a escondeu do Sinédrio e a revelou aos pastores; escondeu dos sábios e revelou aos pequeninos.

Conclusão: Poderíamos explanar muito mais acerca dessa maravilhosa doutrina. Contudo gostaríamos de concluir trazendo algumas aplicações práticas:

A soberania de Deus não exclui nossa santificação – Devemos orar mesmo que Deus já tenha determinado tudo o que acontecerá. Orar é mandamento de Deus! Soberania é um estímulo para nossa vida devocional.

A soberania de Deus não nos estimula a pecar – Devemos nos santificar, porque o desejo de Deus é a nossa santificação e uma vez que recebemos a graça a recebemos para mortificar os feitos do corpo.


A Soberania de Deus é um estímulo ao descanso – O nosso Deus que governa todas as coisas, não nos esquece e não nos nega nenhum bem. Que Deus nos ajude a descansar a sua soberania!

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